Mensagem do Autor

A HISTÓRIA DO LIVRO RALLYE-125 ANOS

Há 50 anos escrevi o meu primeiro livro de automobilismo – o RALI.
Nestas cinco décadas editei, e publiquei mais de 160 livros.
Nenhum me deu o mesmo prazer deste RALLYE-125 anos, a par da biografia de Ayrton Senna – infelizmente…
A pesquisar – com a ajuda de amigos que me emprestaram livros a juntar à minha coleção; a usar a experiência que usufrui com editores e jornalistas brasileiros, e com o mercado.
Aos 79 anos – em pleno ano e meio de pandemia – usei este livro para manter a sanidade mental e ocupar-me a tempo inteiro. Do que tenho de pedir desculpa à Jo, Ana Patricia e Ana Rita.
Elejo, sem medo, este livro como o meu melhor de sempre.
Nele focámos muitos aspectos importantes dos ralis. Como a segurança – As assustadoras imagens de velocidades dos carros de fábrica têm de ser diminuídas para salvaguarda da segurança das equipagens e do publico.
Claro que isso talvez aconteça já no próximo ano, numa nova fase dos carros de rali, que passarão a ser híbridos – como os F1. Mas será mesmo que a FIA irá diminuir as potências dos carros? Esperemos que sim, pois as memórias tristes que o Grupo B nos deixou não se podem repetir.
Graças à co-autoria de dois amigos e mestres da edição motorizada – José Barros Rodrigues e o saudoso Martin Holmes, este livro passa a ser um marco.
Sem o seu contributo e os seus textos este teria sido apenas mais um repositório histórico da evolução dos ralis. Com mais ou menos emoção que dou aos meus textos, com estórias singulares.
Com os textos técnicos do Zé Barros Rodrigues, mostrando a evolução mecânica dos carros de rali este livro passou a ser único em todo o mundo, não posso esquecer a fantástica colaboração escrita de David Wood, Pedro Roriz, Ângelo Pinto da Fonseca e Pedro Castelo.
Terá sido essa garantia de ser o único, que me foi dada há dois anos pelo Martin e pelo John Davenport, que me impulsionou ainda mais para esta tarefa, que vos garanto foi muito, muito árdua, mas gostosa.
E, o legado do Martin Holmes e a ajuda de sua ex-secretária Ursula Partridge permitiram termos textos com um humanismo e uma visão íntima da de modalidade como nenhum outro jornalista jamais conseguiu, dando vida e um importante olhar critico e orientador aos ralis.
Tudo isto resumido em mais de 98 mil palavras. Foi obra. E ainda sobrou muito texto que agora publicamos no site dedicado ao livro.
Mas um livro destes não pode ser apenas texto. Com mais de 550 fotos e ilustrações, foi outra tarefa árdua, mas deliciosa, e bem-sucedida graças à colaboração de muitos fotógrafos de que destaco o meu amigo Francisco Romeiras; E das marcas, e seus RP como, por exemplo, Sara Bravo com constante disponibilidade.
Mas todo este manancial de fotos de nada valeria sem o talento de um designer como o de Ricardo Santos que transformou este longo texto numa narrativa atraente.
E, de nada serviria todo este trabalho se não se tivesse conseguido aumentar a tiragem da obra graças à sua exportação para os mercados de três línguas – português, para o Brasil e Portugal; Espanhol para Espanha e América Latina, e, em estreia absoluta para um editor português de livros de automobilismo, em Inglês, para a Grã-Bretanha e todos os países anglo-saxónicos.
Os meus agradecimentos todos os colaboradores, como o Artur Lemos, o Anderson Bittencourt, o João Rodrigues ou o Daniel Neves.
Obrigado a todos, e a vocês, que aturaram este lenga-lenga. Disfrutem do RALLYE, e, já agora, incluam-no na vossa lista de Natal.

Francisco Santos

Foto by Dina e José Vieira